quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ainda há Esperança

Brasília completou meio século em 2010. É uma cidade jovem, considerada por muitos brasileiros a mais bela e agradável de viver. Muitos foram os governantes e empresários que realizaram ao longo desses 50 anos grandes feitos e obras que contribuíram para o título de melhor cidade.

Porém, Brasília passou recentemente por uma depressão moral que abateu os ânimos, e arriscaria dizer, a esperança dos seus moradores e admiradores. Brasília peculiarmente abriga toda a classe política do Brasil. Aqui estão os Deputados Federais, Senadores e o Presidente da República, e, com isso, somos impactados duramente pelas crises políticas que assolam nosso país.

Mas como todos os amantes, temos que superar as dificuldades e barreiras impostas sobre nossa cidade. Para isso, devemos ser implacáveis com as incoerências e ilicitudes. Temos de ser caçadores de aves de rapina que representam nossa cidade, e dedetizadores de ratos e pragas que a cada dia ganham força contra os pseudos venenos que são aplicados sem efeito.

Brasília, em minha opinião, precisa mais do que realizações de obras, clama por uma construção de caráter, sensibilidade social, visão de futuro e respeito por todos que aqui vivem e, também, por todas as gerações que ainda gozarão dessa cidade.

Espero e trabalharei para que as mudanças necessárias comecem com a conscientização do povo, para que deixem de acreditar na política de promessas e de conteúdos ilusionistas, buscando a política da verdade, da simplicidade, da criatividade e, principalmente, da responsabilidade social.

Brasília não pode mais conviver com os problemas de déficit habitacional, filas e maus serviços prestados nos hospitais, crianças que moram ao lado das escolas e não estudam porque não há vagas, mães que não trabalham porque não tem lugar confiável para deixar seus filhos, talentos do artesanato e da cultura que morrem sem a oportunidade de desenvolver seus dons, alto índice de desemprego com pouquíssima, quase que inexistente, políticas de investimentos do setor privado de longo prazo, funcionalismo público sem o reconhecimento pelo seu trabalho e desestimulados por falta de incentivo moral e financeiro.

Há muito a ser feito por essa cidade. O momento se aproxima e não podemos desperdiçá-lo.
Um forte abraço,
Alexandre Bispo